No Evangelho deste domingo, Jesus conta a parábola de uma viúva que insistia com um juiz iníquo a fim de que ele fizesse justiça para ela contra um adversário. Por fim, o juiz acaba atendendo o pedido da viúva para que ela o deixasse em paz. Jesus termina a parábola comparando a conduta deste juiz injusto com o próprio Deus: “E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar?” (v.7).
O tema da liturgia deste domingo é a oração. Tanto que vemos na primeira leitura a intercessão de Moisés pelo povo de Israel (Êx 17,8-13), que estava guerreando contra uma nação inimiga. Moisés estava em oração por Israel no alto de uma colina, com os braços erguidos. Ora, enquanto Moisés estava com os braços erguidos, Israel vencia a batalha; mas, quando ele abaixa os braços, o inimigo vencia. Como ficou cansado, Moisés foi amparado por dois ajudantes, Aarão e Ur, e o povo de Israel alcançou a vitória sobre os seus inimigos.
Essa vitória foi conseguida pela perseverança de Moisés, pela eficácia da sua oração e pela fé dos seus companheiros que sustentaram os seus braços. Esse gesto de Moisés – homem visto pelos Padres da Igreja como imagem do Cristo – nos mostra o grande valor da oração da intercessão.
Podemos trazer esta situação para o nosso casamento. Nós, esposos, somos chamados a ser como Aarão e Ur e segurar os braços de Moisés, ou melhor, de Cristo, para que a graça de Deus vença na nossa família. Tenhamos certeza que quando nós, esposos e esposas, cultivamos a fé por meio da vida de oração, os problemas ficam menores. Por outro lado, quando Deus é somente algo a mais na nossa vida e ‘baixamos os braços’, nos perdemos. Daí, somos dominados pelas coisas ao invés de sermos os senhores das situações.
Nossa vida conjugal e familiar é uma grande batalha, mas contamos com a força de Deus.
Nossa vida conjugal e familiar é uma grande batalha, mas contamos com a força de Deus. Essa força vem da oração, da nossa conversa com Deus. Precisamos ter intimidade com Deus para aceitar os Seus projetos, entender os Seus silêncios e respeitar os tempos que Ele age na nossa vida.
Por isso é tão importante a oração, tanto a pessoal como a conjugal. É triste ver tantos casais se perdendo por colocarem como único foco a carreira, a profissão, os bens materiais ou mesmo o lazer. São coisas importantes, que fazem parte do dia-a-dia, mas que não podem ocupar o lugar reservado a Deus.
Infelizmente, por não terem um diálogo frequente com Deus, muitos casais perdem a comunhão com Ele e depois acabam perdendo a comunhão entre si. Quando chegam grandes problemas, jogam a culpa e as próprias frustrações em cima do outro. Alguns chegam mesmo a afirmar: “O culpado da minha infelicidade é você!”, quando na verdade o que faltou foi ter um relacionamento de intimidade com Deus para saber como tomar as decisões corretas e como lidar com alguns conflitos.
Voltemos ao Evangelho. A lição que Jesus quer nos dar é clara, pois se um juiz corrupto, que não se importa com a justiça, atende a insistência de uma pobre viúva porque era persistente, quanto mais nosso Deus, justo e santo, atenderá nossas súplicas de filhos.
Precisamos clamar para que a nossa família seja salva e para que nós e nossos filhos sejamos santos!
Precisamos clamar para que a nossa família seja salva e para que nós e nossos filhos sejamos santos! O Evangelho de hoje quer que nós acordemos para a importância da oração na nossa casa. Se não rezarmos, infelizmente seremos derrotados pelas dificuldades que aparecem constantemente na nossa vida. Santo Afonso Maria de Ligório assim dizia: Quem reza se salva, quem não reza se condena. Também podemos afirmar que casal que reza se salva e salva a sua família, mas o casal que não reza…
Maria, Porta do Céu, ajuda-nos a ser um casal de oração!
Um abraço, fiquem com Deus!
Márcia e Ronaldo
Comunidade Sara e Tobias
Ano 3 – nº 143 – 16/10/2022