A Justiça nos levará ao Céu – Evangelho para o Casal / 4º Domingo do Advento – Mt 1,18-24

Neste quarto domingo do Advento, a liturgia nos traz o Evangelho do anúncio do nascimento de Jesus conforme o evangelista São Mateus:

A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo. Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo de seus pecados” (vv.18-21).

Além da figura de São João Batista, outra pessoa muito importante no Advento é Maria, a mãe de Jesus a quem nós devemos olhar e imitar as virtudes enquanto nos preparamos para o Natal.

No entanto, hoje queremos chamar a atenção para uma terceira pessoa: São José.

No entanto, hoje queremos chamar a atenção para uma terceira pessoa: São José. Ele não foi um ‘acidente’ na história de Jesus, mas foi parte importante no plano da Salvação. Essa é uma das razões pelas quais ele é chamado de ‘o justo’ (v.19).

Aproveitando o exemplo de São José, hoje iremos finalizar nossas reflexões sobre as virtudes cardeais meditando sobre a importância da virtude da justiça na vida do casal.

O Catecismo da Igreja Católica assim a define: “A justiça é a virtude moral que consiste na vontade constante e firme de dar a Deus e ao próximo o que lhes é devido. A justiça para com Deus chama-se ‘virtude da religião’. Para com os homens, ela nos dispõe a respeitar os direitos de cada um e a estabelecer nas relações humanas a harmonia que promove a equidade em prol das pessoas e do bem comum. O homem justo, muitas vezes mencionado nas Escrituras, distingue-se pela correção habitual de seus pensamentos e pela retidão de sua conduta para com o próximo” (CIC 1807).

O que é devido a Deus? Para deixar claro o que Deus espera de nós, Jesus nos deixou a Sua Igreja. Do ponto de vista prático, para exercermos a virtude da justiça para com Deus, devemos cumprir os Seus mandamentos e também cumprir os mandamentos da Igreja, que também têm caráter obrigatório (CIC 2041). Os dez mandamentos vemos com uma maior frequência, mas, e os mandamentos da Igreja? Sabemos quais são? Estamos cumprindo esses mandamentos?

Vale a pena trazê-los aqui para ver se estamos praticando a ‘virtude da religião’ no nosso casamento (conforme CIC 2042-2043):

1 – Participar da missa inteira nos domingos e outras festas de guarda e abster-se de ocupações do trabalho.

2 – Confessar-se ao menos uma vez por ano.

3 – Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da ressurreição.

4 – Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja.

5 – Ajudar a Igreja em suas necessidades.

Nos nossos relacionamentos com o próximo, também precisamos praticar constantemente a virtude da justiça, a fim de testemunhar a nossa fé.

Nos nossos relacionamentos com o próximo, também precisamos praticar constantemente a virtude da justiça, a fim de testemunhar a nossa fé. Inclusive, ao se aproximar as festas de final de ano, temos um contato mais intenso com os nossos familiares e com os familiares do nosso cônjuge e isso não pode ser motivo de tensão, mas de testemunharmos nossa fé. Avós, sogros, cunhados, primos, todos fazem parte daquilo que chamamos de ‘família ampliada’. Nessa família Deus nos chama para ser luz.

Nos relacionamentos interpessoais, existem três situações em que devemos ficar atentos para evitar injustiças: os juízos temerários, a maledicência e a calúnia.

O Catecismo nos alerta no seu parágrafo 2477 que “O respeito à reputação das pessoas proíbe qualquer atitude e palavra capazes de causar prejuízo injusto. 

Torna-se culpado:

  • de juízo temerário aquele que, mesmo tacitamente, admite como verdadeiro, sem fundamento suficiente, um defeito moral no próximo.
  • de maledicência aquele que, sem razão objetivamente válida, revela a pessoas que não sabem os defeitos e faltas de outros.
  • de calúnia aquele que, por palavras contrárias à verdade, prejudica a reputação dos outros e dá ocasião a falsos juízos a respeito deles”.

Não são simples ‘pecadinhos’: se não tomarmos cuidado com essas situações, corremos o risco de interromper a unidade com Deus por estarmos com relacionamentos desordenados. A esse respeito, o Catecismo nos diz que “… a maledicência e a calúnia ferem as virtudes da justiça e da caridade” (CIC 2479).

Que São José, merecidamente chamado ‘justíssimo’, nos ajude a nos relacionar bem com Deus e com o nosso próximo por meio da justiça.

E que neste Natal, nosso casamento seja um lugar aconchegante para Jesus, enfeitado com as virtudes da prudência, da fortaleza, da temperança e da justiça. 

Maria, Porta do Céu, interceda para que a justiça nos leve para o Céu!

Um abraço, fiquem com Deus!

Márcia e Ronaldo

Comunidade Sara e Tobias

Ano 3 – nº 151 – 18/12/2022

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