Casais, desçam daí pois Jesus deve ficar na sua casa! – Evangelho para o Casal / 31º Domingo do Tempo Comum – Lc 19,1-10

Neste domingo, o Evangelho nos apresenta o encontro de Jesus com o publicano Zaqueu, que, apesar de ter uma posição de destaque, era odiado por ser um cobrador de impostos. Zaqueu, que havia subido numa figueira para ver Jesus passar, recebe a atenção do mestre: “Zaqueu, desce depressa! Hoje eu devo ficar na tua casa” (v.5).

Assim como Zaqueu subiu numa árvore pois não conseguia ver Jesus por causa da  multidão, marido e mulher precisam ser apoio um do outro para que ambos também possam ter um encontro pessoal com o Senhor. Muitas vezes, o esposo será a figueira na qual a esposa subirá para conseguir ver Jesus. Outras vezes, esse papel será da esposa. A multidão estará sempre querendo atrapalhar com vozes contrárias ao casamento, mas os cônjuges estarão unidos para que, ambos estejam sempre com os olhos voltados para o Mestre.

Jesus olhou para Zaqueu e pediu que ele descesse da árvore. Ou seja: não basta enxergarmos Jesus e mantermos nossos olhos fixos n’Ele: É necessário que nosso encontro pessoal com Jesus provoque em nós e em nossa família uma mudança de vida. Foi para isso também que nos casamos: para viver uma vida nova com o Senhor!

Infelizmente, muitos casais recebem o sacramento do matrimônio e não fazem dele uma experiência de encontro com Deus.

Infelizmente, muitos casais recebem o sacramento do matrimônio e não fazem dele uma experiência de encontro com Deus. Muitos ficam presos às coisas do mundo e deixam de beber da graça que Jesus disponibiliza gratuitamente por este sacramento. Para ter uma profunda experiência do amor de Jesus e de conversão, Zaqueu precisou descer daquela árvore. Nós, casais, para que Jesus entre verdadeiramente na nossa casa, também precisamos descer da árvore.

Acontece que, para descer da árvore, podemos nos deparar com alguns galhos que podem dificultar nossa descida. Pode-se dizer que são ‘dardos inflamados do maligno’ (cf. Ef 6,16) lançados contra o matrimônio e contra a família. Vamos falar sobre alguns desses galhos.

Galho das Ideologias Não-cristãs

Nas últimas décadas, várias ideologias contra a família têm ganhado força. Muitas delas se escondem sob um véu de direitos humanos, mas, no fundo, querem acabar com a moral judaico-cristã, base da civilização ocidental. Como exemplo destas ideologias temos o feminismo, a ideologia de gênero e, mais recentemente, o poliamor.

Para estas ideologias, não existe a família natural composta por pai, mãe e filhos, pois qualquer aglomerado de pessoas que tenha vínculos afetivos é considerado família. De forma ardilosa, estas ideologias sabem que, para se destruir algo, é necessário mudar a linguagem e generalizar o conceito. Ora, se qualquer união afetiva é família, não existe mais família…

Essas chamadas famílias alternativas afrontam o Criador e a sacralidade do matrimônio. Contra essas ideologias, trazemos uma fala do Papa Francisco.

No dia 24 de outubro de 2022, o Papa afirmou na audiência ao Pontifício Instituto Teológico João Paulo II para as Ciências do Matrimônio e da Família: “Cuidado com as ideologias que se intrometem para explicar a família do ponto de vista ideológico. A família não é uma ideologia, mas uma realidade, e uma família cresce com a vitalidade da realidade. Quando as ideologias vêm para explicar ou pintar a família, acontece o que acontece e se destrói tudo. Há uma família que tem essa graça de homem e mulher que se amam e criam. Para entender a família devemos sempre ir ao concreto, não às ideologias. As ideologias arruínam, as ideologias se intrometem para fazer um caminho de destruição. Tomem cuidado com as ideologias!”  

Galho da Mentalidade Antinatalista

Tristemente, cada vez mais os casais se agarram nesta parte da árvore que tanto os atrapalha de ver Jesus. Um suposto bem estar e as preocupações da vida fazem com que os casais optem pela redução do número de filhos e, muitas vezes, por causa do dinheiro, os casais têm sacrificado até mesmo a sua paternidade e maternidade. Alguns até mesmo fazem a terrível opção do aborto, tirando a vida de um ser humano inocente. 

Na celebração do sacramento do matrimônio, prometemos aceitar os filhos que Deus nos der. Se fosse possível, alguns casais gostariam de acrescentar: “Desde que seja no máximo dois filhos…” 

Não é isso o que a Igreja nos diz, pois sempre considerou uma família numerosa como uma benção de Deus. Acolher todos os filhos que Deus nos der, dentro dos princípios da paternidade e maternidade responsável, é um gesto de fé e uma renúncia ao egoísmo.

O Papa Pio XII afirmou que “As famílias numerosas são os canteiros mais esplêndidos do jardim da Igreja, nos quais, como que em terreno favorável, floresce a felicidade e amadurece a santidade”.

Galho do divórcio

Infelizmente, vemos que a mentalidade de muitos casais hoje é de que “o casamento dura enquanto durar a minha vontade de que ele dure”. Os cônjuges são descartáveis, e por isso se divorciam. Não é esse o plano original de Deus. Não somos seres descartáveis. Nosso casamento não é descartável. Nossa família não é descartável. Nosso sim diante do altar do Senhor é para toda a vida, até que a morte nos separe.

O matrimônio é uma união sagrada e indissolúvel.

O matrimônio é uma união sagrada e indissolúvel. Portanto, separação e divórcio são palavras que devem ser abolidas do meio familiar e conjugal. O diálogo conjugal e o perdão são remédios eficazes para restaurar o relacionamento conjugal e que nos ajudam a podar os galhos do egoísmo e do individualismo que querem nos impedir de ter um encontro pessoal com Jesus.

Quando nos dispusermos a descer verdadeiramente da árvore, teremos um encontro pessoal com Jesus, que irá conosco para nossa casa e fará morada nela. E quando Jesus estiver presente em nosso casamento e em nossa família, Ele irá transformando nossas atitudes, nosso modo de viver e fazendo feliz a nós, nosso cônjuge, nossos filhos e todas as pessoas que vivem ao nosso redor.

Que o Espírito Santo nos dê a graça de escolhermos o matrimônio, a família e a vida para deixarmos Jesus ser o Senhor dos nossos lares.

Maria, Porta do Céu, interceda para que Jesus entre e permaneça na nossa casa.

Um abraço, fiquem com Deus!

Márcia e Ronaldo

Comunidade Sara e Tobias

Ano 3 – nº 144 – 30/10/2022

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