A Igreja celebra hoje a Solenidade de todos os Santos e o Evangelho, narrado por São Mateus, nos traz um grande itinerário apresentado por Jesus para que possamos alcançar a santidade: as Bem-Aventuranças.
Cada um de nós, desde que recebemos o sacramento do batismo fomos chamados a ser santos. E, a partir do momento em que recebemos o sacramento do Matrimônio, esse chamado passou a ser conjugal: ser santos como casal.
No dia do nosso sim diante do Altar, recebemos a graça de Deus para que pudéssemos trilhar juntos um caminho de santidade e, assim, nasceu uma nova família cujo objetivo maior a ser alcançado é o céu.
Jesus nos dá a receita para essa caminhada nos ensinando que, para sermos santos, é necessário esvaziar-nos de nós mesmos para nos enchermos de Deus e reconhecer que nada do que somos ou temos é fruto do nosso esforço, mas sim, da graça de Deus que age em nós.
Como casal, somos chamados a ter Deus como meta e devemos caminhar juntos para alcançar esse objetivo. Um caminho de santidade por meio do matrimônio somente pode ser percorrido a dois e é no cotidiano da nossa vida, na construção do nosso lar que Deus nos chama a sermos santos.
Para que o casal possa ser santo, ele terá que buscar se assemelhar cada vez mais a Jesus. Os santos não nascem prontos, eles são resultado dos caminhos que trilharam e das escolhas que fizeram. Por isso, é necessário que estejamos sempre atentos e disponíveis à vontade de Deus para nosso casamento. Precisamos nos dispor a rezar juntos, a dialogar, a ouvir o que Deus quer nos falar para nos orientar a que direção seguir.
Porém, não podemos querer ser ‘meio’ santos.
Porém, não podemos querer ser ‘meio’ santos. Devemos querer ser santos por inteiro, em tudo o que fizermos, em cada gesto, em casa, no trabalho, na igreja. Não tem como viver um meio termo. Não podemos ser de Deus num lugar e não ser de Deus em outro. Como dizia Santa Teresinha do Menino Jesus: “Não quero ser santa pela metade, eu escolho tudo”.
E não é só isso. Nossa busca pela santidade não pode se restringir somente a nós mesmos, mas deve alcançar toda a nossa família. Ou seja, cada cônjuge é responsável pelo outro e pelos filhos, e devem caminhar juntos para o objetivo comum que é serem santos. Ainda que um dos cônjuges tenha que diminuir o ritmo para que o outro possa caminhar ao seu lado, não se pode pensar em quem vai chegar primeiro ou em quem será o vencedor. O importante é que todos cheguem ao pódio, ou seja, ao céu.
Para buscar a santidade também é necessário que se viva constantemente o perdão entre os cônjuges e com os filhos. Pedir e dar o perdão são atalhos para se chegar mais perto do Senhor, que é misericordioso e nos perdoa quando nós assim também o fazemos.
A família é o lugar privilegiado para a busca pela santidade.
A família é o lugar privilegiado para a busca pela santidade. Nela é possível afirmar com todas as letras que a santidade é possível, e que o céu está ao alcance de todos. “Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus” (v.12).
Maria, Porta do Céu, ensina-nos a ser um casal santo!
Um abraço, fiquem com Deus!
Márcia e Ronaldo
Comunidade Sara e Tobias
Ano 3 – nº 145 – 07/11/2022