Obrigado, Senhor, pela cruz do dia-a-dia! – Evangelho para o Casal / 23º Domingo do Tempo Comum – Lc 14,25-33

O Evangelho de hoje começa relatando que “grandes multidões acompanhavam Jesus” (v.25). A seguir, Jesus nos indica quais são as condições para seguí-Lo. “Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo” (v.27).

Podemos perceber que grandes multidões acompanham diversas celebridades nos dias de hoje. Muitos casais fazem parte dessas multidões. Acompanham aqueles que ensinam como educar melhor os filhos, ou aqueles que orientam como ter uma melhor harmonia conjugal, ou ainda como organizar melhor as finanças… Mas também fazem parte das multidões que acompanham aqueles que são os mais seguidos nas mídias sociais, os que são os mais comentados, os que tiveram o maior número de visualizações.

Uma grande quantidade de pessoas é alimentada pelos influencers do momento e são seguidores assíduos deste ou daquele, não perdem uma postagem, estão por dentro de tudo o que diz respeito àquela pessoa: se ela casou, se está grávida, se teve bebê, se assistiu o filme X ou Y, se separou, se viajou…

Há algum tempo atrás, era uma orientação frequente que os pais davam aos filhos para que evitassem qualquer tipo de contato com estranhos. Hoje, infelizmente, são os pais que dão um smartphone para os filhos seguirem um estranho no YouTube ou TikTok para que, assim, possam ter um pouco de tranquilidade. É muito mais fácil entregar um celular nas mãos deles do que parar para ouvi-los, brincar com eles com uma atividade física ou jogo de tabuleiro.

Jesus também era um influenciador da Sua época.

Jesus também era um influenciador da Sua época. Grandes multidões O seguiam por toda parte. Muitos queriam estar perto d’Ele. Muitos desejavam conhecê-lO, e alguns queriam ao menos tocar na Sua roupa. Jesus falava e ensinava com autoridade. Não tinha pretensão de agradar a todos, apenas queria salvar as almas. Convidava a todos para seguí-lO mais de perto, porém, alertava que seguí-lO não era brincadeira. Era necessário assumir um compromisso de vida que exigia coragem.

Ainda hoje, Jesus continua sendo um grande influenciador, o maior de todos. Agrada a muitos, mas incomoda a outros tantos. E o convite que Ele faz a nós, casais, é que sejamos Seus discípulos. Como? Carregando nossa cruz e caminhando atrás d’Ele. Não há outro jeito de sermos discípulos de Jesus. Não tem como adaptar esse seguimento aos nossos caprichos pessoais. É preciso sermos radicais. O casal que segue Jesus deve ser coerente com sua fé, e não pode viver uma fé superficial ou apenas de aparência. O que Jesus pede a você esposa, a você esposo, é que assuma seu papel no seu casamento, carregue sua cruz e caminhe atrás d’Ele.

Muita gente pensa que carregar a cruz é sofrer. O sofrimento em si não é carregar a cruz. É muito fácil chamar de cruz uma coisa que faz sofrer. Porém, muitas vezes, não são cruzes que temos que carregar, mas problemas que foram causados por nossas próprias escolhas, e, talvez, pelo nosso pecado.

Carregar a cruz é ser fiel ao seguimento a Jesus

Carregar a cruz é ser fiel ao seguimento a Jesus, aos Seus ensinamentos e, por ser fiel a Ele, se colocar a serviço do Reino de Deus. Mas, ainda que não seja simples e fácil, seguir Jesus é libertador para o casal! Por isso, as Suas palavras no Evangelho não são, de forma alguma, contra a família: “Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo” (v.16).

Ora, Jesus não quis diminuir a importância das relações familiares, mas sim trazê-las para sua realidade mais profunda: um casamento e uma família somente cumprem sua missão quando Jesus é a pessoa mais importante! A partir daí, é possível carregar a cruz com alegria, sejam as pequenas ou as mais pesadas.

Ter Jesus como o mais importante no casamento não elimina os momentos difíceis da vida conjugal. Com frequência, temos que carregar cruzes pesadas no nosso casamento: um marido, esposa ou filhos doentes, contrariedades na educação dos filhos, perda do emprego, dificuldades financeiras, relacionamento difícil com a família de origem, ser discriminado por ter fé. Mas não estamos sozinhos, pois Ele está à nossa frente, nos mostrando o caminho, nos dando o exemplo, nos segurando pela mão.

Também existem as pequenas cruzes que nos santificam e nos ajudam no seguimento a Jesus: a rotina do cuidado doméstico; ter que sair para trabalhar de manhã e retornar no final do dia; as viagens de trabalho; cuidar de filhos pequenos; educar filhos adolescentes e jovens; enfim, tudo isso são realidades em que podemos nos encontrar com o Senhor se a fizermos por amor.

Sejam quais forem as cruzes do nosso casamento, não estamos sozinhos para carregá-las: Jesus sempre está ali, à nossa frente para nos ajudar naquilo que for preciso, para nos levantar quando cairmos, para nos levar no colo quando não tivermos mais forças para caminhar, para nos ajudar a suportar o seu peso e para mostrar o caminho que leva nossa família ao Céu.

Maria, Porta do Céu, ensina-nos a carregar a nossa cruz e seguir Jesus.

Um abraço, fiquem com Deus.

Márcia e Ronaldo

Comunidade Sara e Tobias

Ano 3 – nº 138 – 04/09/2022

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