Confissão: meio de conversão pessoal e conjugal – Evangelho para o Casal / 5º Domingo da Quaresma – Jo 8,1-11

No Evangelho de hoje, os opositores de Jesus trazem uma mulher pega em adultério e pedem que Ele diga qual deve ser a conduta, uma vez que “Moisés na Lei mandou apedrejar tais mulheres” (v. 5). “Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar” (v. 6).

Mas Jesus põe a questão em outros termos: todos somos pecadores e não temos o direito de julgar os pecados alheios, por isso Ele desafia a atirar a primeira pedra quem não tiver pecado. Por fim, após todos terem ido embora,

Ele diz à mulher adúltera: ‘Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?’ Ela respondeu: ’Ninguém, Senhor. Então Jesus lhe disse: ‘Eu também não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais’ (vv.10-11).

Nesta maravilhosa passagem do Evangelho, Jesus mostra toda a misericórdia do Pai, ao mesmo tempo que indica a necessidade de conversão. É preciso deixar claro: Deus ama o pecador, mas abomina o pecado. Tanto que Jesus afirma que tampouco Ele condena a mulher, mas a adverte a abandonar a vida de pecado.

Aqui temos um dos princípios da nossa fé: somos amados por Deus, mas precisamos mudar nossos comportamentos errados para permanecer na amizade com Ele. Dessa forma, a misericórdia é uma forma de Deus nos amar, mas não pode ser um passe livre para fazermos o que quisermos, muito menos para relativizar o mal e qualquer tipo de erro.

Essa mudança de comportamento deve nos levar a uma vida nova. A Quaresma é um tempo propício para repensar se, de fato, ainda existem áreas na nossa vida que precisam ser tocadas pela graça de Deus e que precisam ser mudadas. Uma forma privilegiada para nossa conversão é o Sacramento da Penitência, também chamado de Confissão ou Reconciliação.

Nós, católicos, temos a certeza do perdão dos pecados quando nos confessamos. Sim, devemos pedir perdão diretamente a Deus pelos nossos pecados, mas também precisamos nos confessar regularmente diante do sacerdote. Foi o próprio Jesus que instituiu o Sacramento da Penitência e deu poder aos apóstolos e seus sucessores de perdoar os pecados (Jo 20,22-23).

Quando recebemos o Sacramento da Confissão, o Pai nos acolhe com a mesma alegria do pai que acolheu o filho pródigo, parábola que refletimos no domingo passado. Também, quando estamos destruídos interiormente e pesados com o fardo dos nossos pecados, Jesus nos perdoa da mesma forma que perdoou a mulher adúltera no Evangelho de hoje.

Para nós, casais, receber o Sacramento da Penitência é uma excelente forma de melhorar o relacionamento conjugal. Como assim? Bom, a conversão pessoal está diretamente relacionada com a conversão conjugal. Quanto mais nos convertemos como pessoa, mais nos tornamos melhores como casal. Então, quando um dos cônjuges recebe a absolvição dos pecados pela confissão sacramental, tem à sua disposição os frutos espirituais desse sacramento.

A respeito disso, o Catecismo da Igreja Católica nos diz: “Toda a força da Penitência reside no fato de ela nos reconstituir na graça de Deus e de nos unir a Ele com a máxima amizade. Portanto, a finalidade e o efeito deste sacramento é a reconciliação com Deus. Os que recebem o sacramento da Penitência com coração contrito e disposição religiosa ‘podem usufruir a paz e a tranquilidade da consciência, que vem acompanhada de uma intensa consolação espiritual’. Com efeito, o sacramento da Reconciliação com Deus traz consigo uma verdadeira ‘ressurreição espiritual’, uma restituição da dignidade e dos bens da vida dos filhos de Deus, entre os quais o mais precioso é a amizade com Deus” (CIC, 1468).

Se soubermos aproveitar estes efeitos na nossa vida pessoal, poderemos utilizá-los para que o Espírito Santo se derrame no nosso casamento e na nossa família.

Aproveitemos para nos confessarmos nesta na reta final da Quaresma, para nos prepararmos bem para a grande Celebração da Páscoa do Senhor. Não podemos nos acomodar com aqueles “pecados de estimação”, que tanto atrapalham a nossa conversão.

Pais, mães e casais na graça de Deus transformam não somente um lar, mas podem santificar a humanidade.

Maria, Porta do Céu, que possamos nos converter como pessoa e como casal!

Um abraço, fiquem com Deus.

Márcia e Ronaldo

Comunidade Sara e Tobias

Ano 3 – nº 117 – 03/04/2022

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