Reprograme seu casamento segundo o Evangelho – Evangelho para o Casal / 7º Domingo do Tempo Comum – Lc 6,27-38

Como você quer conduzir o seu casamento e sua família? Segundo a vontade de Deus ou conforme o pensamento mundano?

No Evangelho deste domingo, Jesus nos dá um itinerário de como devemos agir nos nossos relacionamentos interpessoais. Na reflexão de hoje, falaremos sobre algumas situações que podem acontecer no casamento e a forma como podemos conduzi-las, segundo o pensamento mundano ou seguindo os ensinamentos de Jesus.

Seu cônjuge magoou você com uma atitude ou comportamento?

O pensamento mundano diz: “Não admita ser tratado (a) assim!”.

As palavras de Jesus nos orientam: “Se alguém te der uma bofetada numa face, oferece também a outra. Se alguém te tomar o manto, deixa-o levar também a túnica. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados” (vv.29.37).

Aqui, não se trata de acolher a violência nem aceitar um relacionamento abusivo, mas sim de oferecer o perdão ao nosso cônjuge nas diferentes situações que envolvem o relacionamento do casal.

Somos muito diferentes, pois cada um traz para o casamento uma história de vida, um jeito de pensar e agir, uma forma que foi educado pela família de origem, um temperamento, e tudo isso faz com que tenhamos distintas reações nas coisas que acontecem no dia-a-dia. Às vezes, magoamos nosso cônjuge até mesmo sem perceber. Frente às dificuldades de relacionamento conjugal, Deus quer que sejamos como Ele, rápidos no perdão e lentos no julgamento.

O Senhor nos convida a não responder a um erro do outro com ódio, mas com perdão.

Você não se sente amada/amado dentro do casamento?

O pensamento mundano diz: “Você se casou para ser feliz.”

As palavras de Jesus nos orientam: “Dá a quem te pedir e, se alguém tirar o que é teu, não peças que o devolva. O que vós desejais que os outros vos façam, fazei-o também vós a eles. Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Até os pecadores amam aqueles que os amam. E se fazeis o bem somente aos que vos fazem o bem, que recompensa tereis? Até os pecadores fazem assim” (vv.30-33).

Estas orientações de Jesus chocam-se violentamente com nossa forma de pensar. Infelizmente, boa parte dos casais entram em crise e até mesmo abandonam o casamento por este motivo. Claro, queremos ser felizes e sentirmos que somos amados, mas Jesus nos apresenta outra proposta: amar sem pedir nada em troca e fazer para o cônjuge justamente aquilo que gostaríamos que fosse feito para nós.

Por isso, no quotidiano da vida familiar, temos excelentes oportunidades de santificação, como por exemplo: aceitar aqueles comportamentos repetitivos do cônjuge que tanto nos irritam, procurar eliminar os próprios defeitos para evitar conflitos conjugais, corrigir nossos filhos mesmo sabendo que isso pode gerar um certo desgaste, acolher a família de origem do cônjuge com as suas manias, entre outros. Mas, para fazer isso, precisamos pedir a graça de ter um amor sobrenatural.

Você está cansado dos problemas crônicos do casamento, que parecem que nunca vão ser resolvidos?

O pensamento mundano diz: “Deixe de ser trouxa, separe dessa pessoa! Não deu certo com essa, procure outra”.

As palavras de Jesus nos orientam: “Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. Dai e vos será dado. Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante será colocada no vosso colo; porque, com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos” (vv.36.38).

De forma alguma queremos banalizar a complexidade do relacionamento conjugal e nem o sofrimento das pessoas que passaram pelo drama de um divórcio, mas sim, insistir que todo casamento precisa ser baseado na misericórdia. O significado desta palavra é bem interessante: é composta de ‘miserere’ – ter compaixão e ‘cordis’ – coração. De certa forma, ter misericórdia significa colocar o coração na miséria do outro. É justamente isso que Deus faz conosco, coloca o Seu coração de Pai Amoroso nos nossos inúmeros pecados. Nós também devemos fazer o mesmo, colocar nosso coração na miséria do nosso cônjuge, filhos e familiares. Que recompensa teremos? Uma grande medida da presença de Deus, que quase não cabe no nosso coração mesquinho, mas que transborda para nossa família e para todos que convivem conosco!

Se Deus nos ordena que amemos nossos inimigos (v.35), quanto mais não devemos amar nosso cônjuge e familiares, pessoas que Ele escolheu para que nos ajudassem a chegar ao Céu!

Maria, Porta do Céu e Mãe de Misericórdia, cuida das nossas famílias

Um abraço, fiquem com Deus.

Márcia e Ronaldo

Comunidade Sara e Tobias

Evangelho para o casal – ano  3 – nº 112 – 20/02/2022

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