Hoje, a Igreja celebra a solenidade de todos os santos. No Evangelho narrado por São Mateus, “vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, e Jesus começou a ensiná-los” (vv.1-2), revelando a eles um caminho seguro para o céu: as bem-aventuranças.
Nós, casais, temos uma forma especial para viver as bem-aventuranças: o nosso casamento!
O Matrimônio é um Sacramento de santificação. Por meio dele podemos nos unir a Jesus. O Catecismo da Igreja Católica afirma que ‘Esta graça própria do sacramento do Matrimônio destina-se a aperfeiçoar o amor dos cônjuges e a fortalecer a sua unidade indissolúvel. Por meio desta graça, eles auxiliam-se mutuamente para chegarem à santidade pela vida conjugal e pela procriação e educação dos filhos’ (CIC, 1641).
O Concílio Vaticano II fez questão de deixar claro que é possível alcançar a santidade em todos os estados de vida: ‘Todos os cristãos são, pois, chamados e obrigados a tender à santidade e perfeição do próprio estado’ (Lumen Gentium, 42).
Mas, na vivência do dia-a-dia, como fazer isso dentro da nossa casa? Temos como modelo a vida dos santos! Vejamos o exemplo de dois casais que se santificaram justamente por serem casados.
Em outubro de 2015, São Luís e Santa Zélia Martin, pais de Santa Teresinha do Menino Jesus, foi o primeiro casal a ser canonizado em uma mesma cerimônia na história da Igreja, confirmando, assim, que um casal pode chegar à santidade juntos.
Quatorze anos antes, em outubro de 2001, Luis e Maria Beltrame Quattrocchi havia sido o primeiro casal a ser beatificado juntos em uma mesma cerimônia.
Transcrevemos aqui a bela catequese de São João Paulo II na cerimônia de beatificação do casal Beltrame, com a presença dos seus filhos:
“Esses cônjuges viveram, à luz do Evangelho e com grande intensidade humana, o amor conjugal e o serviço à vida. Assumiram com responsabilidade total a tarefa de colaborar com Deus na procriação, dedicando-se generosamente aos filhos a fim de os educar, guiar e orientar na descoberta do seu desígnio de amor.
Desse terreno espiritual tão fértil, surgiram vocações para o sacerdócio e para a vida consagrada…
Inspirando-se na palavra de Deus e no testemunho dos Santos, os beatos Esposos viveram uma vida ordinária de maneira extraordinária. Entre as alegrias e preocupações de uma família normal, souberam realizar uma existência extraordinariamente rica de espiritualidade. No centro, a Eucaristia cotidiana, à qual se acrescentavam a devoção filial à Virgem Maria, invocada no Rosário recitado todas as noites e a referência aos sábios diretores espirituais…
Queridas famílias, temos hoje uma particular confirmação de que o caminho de santidade percorrido em conjunto, como casal, é possível, é belo, é extraordinariamente fecundo e fundamental para o bem da família, da Igreja e da sociedade.
Isso convida-nos a invocar o Senhor, para que sejam cada vez mais numerosos os casais capazes de fazer transparecer, na santidade da sua vida, o ‘grande mistério’ do amor conjugal, que tem origem na criação e se realiza na união de Cristo com a Igreja (cf. Ef 5, 22-33).
Como qualquer caminho de santificação, também o vosso, queridos esposos, não é fácil. Enfrentais todos os dias dificuldades e provas para serdes fiéis à vossa vocação, cultivar a harmonia conjugal e familiar, cumprir a missão de pais e participar na vida social… Caríssimos esposos, nunca vos deixeis vencer pelo desalento: a graça do Sacramento ampara-vos e ajuda-vos a elevar continuamente os braços para o céu…” (Celebração Eucarística para a Beatificação de Luis e Maria Beltrme Quattrocchi – Homilia do Papa João Paulo II – Basílica de São Pedro, 21 de Outubro de 2001).
Maria, Porta do Céu, ajuda-nos a alcançar o Céu por meio do Matrimônio!
Um abraço, fiquem com Deus.
Márcia e Ronaldo
Comunidade Sara e Tobias
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