É por isso que você briga com o seu cônjuge… Evangelho para o Casal / 25º Domingo do Tempo Comum – Mc 9,30-37

O Evangelho deste Domingo começa com Jesus ensinando Seus discípulos. Ele lhes falava sobre Sua Paixão e Morte, mas também falava da Sua ressurreição. Porém, os discípulos não estavam compreendendo as palavras do Mestre e tinham medo de perguntar.

São Marcos relata que “Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: “O que discutíeis pelo caminho? Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior” (vv. 33 e 34).

Este é um questionamento que, como casal, devemos fazer todos os dias: O que estamos conversando pelo caminho? Com muita frequência, nosso coração está tão cheio de paixões e apegos deste mundo que acabamos não conhecendo qual o verdadeiro projeto de Deus para as nossas famílias e não conversamos sobre isto.

Em muitos lares há uma competição para ver quem fala mais alto! Marido, sabe porque você briga com a sua esposa? Esposa, sabe porque você se irrita com o seu marido? Porque você quer ser servido e não servir!

Na sequência do Evangelho, Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: ‘Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!’ ” (v34).

Sim, é esse o principal motivo de tantas discussões e brigas: queremos sempre que a nossa vontade prevaleça e que sejamos servidos. Ainda não acordamos para a grande verdade da nossa existência: nós nascemos para o outro!

Deus nos criou para sermos para o outro, da mesma forma que Jesus é tudo para todos (Col 3,11). Deus colocou seu cônjuge na sua história pessoal para que você possa amá-lo e santificá-lo por meio da entrega da sua própria vida. Isso vale para os filhos e também para a ‘família ampliada’: pais, irmãos, avós, sogros e demais familiares.

É comum escutarmos a seguinte frase entre os casais: ‘Mas e eu, como é que fico?’. Infelizmente, essa é uma afirmação de alguém que ainda é imaturo do ponto de vista afetivo e espiritual. Na cruz, Jesus não olhou para o Pai e perguntou: e eu? De forma alguma! Ele olhou para o Pai e pediu a Ele que perdoasse Seus inimigos. Depois entregou-Se nas mãos do Pai. Aos pés da cruz, Maria não reclamou ao ver Seu Filho agonizando, mas também O entregou ao Pai pela nossa salvação.

Vemos muitos casais que superam dificuldades do relacionamento conjugal justamente quando um dos cônjuges apresenta uma doença grave. Uma das explicações para isso é o fato de que, a partir do momento que um cônjuge começa a servir o outro que está doente, ele passa a fazer como Jesus: oferece um amor generoso, incondicional, gratuito.

Servir também significa cuidar da fragilidade do outro. Não somente a fragilidade como doença, mas também os defeitos do nosso cônjuge e dos nossos filhos.

Mas, como fazer para servir se, constantemente, temos um duro combate no nosso coração? Como fazer para não gritar, não querer sempre ter a razão ou evitar toda discórdia? A segunda leitura deste domingo (Tg 3,16-4,3) traz um caminho de cura, tanto do relacionamento conjugal como dos demais relacionamentos:

“Onde há inveja e rivalidade, aí estão as desordens e toda espécie de obras más. Por outra parte, a sabedoria que vem do alto é, antes de tudo, pura, depois pacífica, modesta, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem fingimento. O fruto da justiça é semeado na paz para aqueles que promovem a paz. De onde vêm as guerras? De onde vêm as brigas entre vós? Não vêm, justamente, das paixões que estão em conflito dentro de vós?”.

Hoje, Jesus quer que nos deixemos ser moldados por Ele. Vamos mudar nossas conversas, vamos mudar nossos assuntos. Se enchermos nossos corações com as coisas do céu, iremos falar de céu e o céu ficará mais perto de nós. Então, conseguiremos entender o projeto de Deus para as famílias: a santidade.

Pela transformação do nosso coração e pela busca das coisas do alto, Deus irá retirar a inveja, a rivalidade, as desordens e as brigas dos nossos relacionamentos e ordenará nossas paixões. Ele nos dará a sabedoria que tanto precisamos, trazendo ao nosso coração e à nossa casa a pureza, a paz, a reconciliação conjugal, a misericórdia e todos os outros frutos do Espírito Santo.

‘Ah, mas minha vida é tão corrida, eu não tenho tempo para pensar nisso’ Sejamos sinceros, você tem tempo sim! Se você diminuir pela metade o tempo gasto no WhatsApp, no Instagram ou no Facebook ou qualquer outra mídia, certamente terá muito tempo para pensar em Deus, para buscar ser santo, para ter uma vida de oração. Lamentavelmente, perdemos tanto tempo querendo saber o que está acontecendo com as pessoas e com o mundo que nos esquecemos de conversar com Deus e de procurar saber o que Ele espera de nós.

As clínicas psicológicas e os confessionários estão repletos de esposos e esposas que dizem não ser amadas por ninguém. Deus não quer que você seja mais um nesta estatística. Abra seu casamento ao amor de Deus e seja o primeiro a se colocar a serviço. Seja um dom para sua família!

Maria, Porta do Céu, queremos servir como tu serviste!

Um abraço, fiquem com Deus.

Márcia e Ronaldo.

Comunidade Sara e Tobias

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