Um alimento necessário para seu casamento não morrer! Evangelho para o Casal / 19º Domingo do Tempo Comum – Jo 6,41-51

Neste domingo, Jesus continua a falar sobre Si como o alimento fundamental da nossa vida: “Eis aqui o pão que desce do céu: quem dele comer, nunca morrerá” (v.50).

Mais uma vez, Jesus faz uma referência à Eucaristia e à vida espiritual. Quem não vive sua fé por meio da vida sacramental e da vida de oração, corre o risco de enfrentar a morte eterna. Por isso, é fundamental que nós, casais, cultivemos todos os dias a espiritualidade conjugal. Além da oração do casal, dos sacramentos e da participação comunitária, há um aspecto dessa espiritualidade que não pode ser esquecido: o diálogo do casal!

Mas espiritualidade conjugal não quer dizer somente rezar juntos ou participar juntos de alguma atividade na Igreja? De forma alguma! Com o Sacramento do Matrimônio, temos a presença concreta e constante de Jesus no nosso meio. Por este Sacramento, Deus transforma dois “eu” em um “nós”. Mas o “nós” não se refere somente a duas pessoas, mas a três, pois além do “eu marido” e do “eu esposa”, surge uma terceira pessoa: o “nós – ser conjugal” que é o esposo + a esposa + Deus. Então, pode-se dizer que a espiritualidade conjugal é tudo aquilo que leva o casal a aproximar-se de Deus.

Quando o casal tem um diálogo de qualidade, está fazendo crescer o ser conjugal e, portanto, investindo na sua espiritualidade. Porém, sem o diálogo entre os cônjuges, a relação do casal, ao invés de somar com Deus para se tornar o ser conjugal, pode se dividir ou subtrair e um dos cônjuges passar a se sentir sozinho.

Casal, você precisa alimentar o seu casamento com o diálogo porque senão o seu casamento vai morrer!

Do dia 08 ao dia 14 de agosto deste ano, a Igreja celebra a Semana Nacional da Família, que este ano terá como tema “A alegria do amor na família”, em sintonia com a proposta do Papa Francisco ao convocar o Ano Família Amoris Laetitia.

Aproveitando o tema deste ano, trouxemos alguns trechos da Exortação Apostólica Amoris Laetitia do Papa Francisco a respeito do diálogo, este alimento tão importante na vida conjugal.

“O diálogo é uma modalidade privilegiada e indispensável para viver, exprimir e maturar o amor na vida matrimonial e familiar. Mas requer uma longa e diligente aprendizagem. Homens e mulheres, adultos e jovens têm maneiras diversas de comunicar, usam linguagens diferentes, regem-se por códigos distintos. O modo de perguntar, a forma de responder, o tom usado, o momento escolhido e muitos outros fatores podem condicionar a comunicação. Além disso, é sempre necessário cultivar algumas atitudes que são expressão de amor e tornam possível o diálogo autêntico” (AL, n.136).

Com frequência, não temos paciência com nosso cônjuge e não deixamos o diálogo acontecer. Ainda nos termos da Amoris Laetitia, o “problema surge quando exigimos […] que as pessoas sejam perfeitas, ou quando nos colocamos no centro esperando que se cumpra unicamente a nossa vontade. Então tudo nos impacienta, tudo nos leva a reagir com agressividade.

Se não cultivarmos a paciência, sempre acharemos desculpas para responder com ira, acabando por nos tornarmos pessoas que não sabem conviver, anti-sociais incapazes de dominar os impulsos, e a família tornar-se-á um campo de batalha” (AL, n.92).

O Papa Francisco continua nos alertando: “Os esposos, que se amam e se pertencem, falam bem um do outro, procuram mostrar mais o lado bom do cônjuge do que as suas fraquezas e erros. Em todo o caso, guardam silêncio para não danificar a sua imagem. Mas não é apenas um gesto externo, brota duma atitude interior. Também não é a ingenuidade de quem pretende não ver as dificuldades e os pontos fracos do outro, […] estes defeitos constituem apenas uma parte, não são a totalidade do ser do outro: um fato desagradável no relacionamento não é a totalidade desse relacionamento” (AL, n.113).

O documento fala também de três palavras essenciais para todo lar – com licença, obrigado e desculpa:

“Quando numa família não somos invasores e pedimos ‘com licença’, quando na família não somos egoístas e aprendemos a dizer ‘obrigado’, e quando na família nos damos conta de que fizemos algo incorreto e pedimos ‘desculpa’, nessa família existe paz e alegria. Não sejamos mesquinhos no uso destas palavras, sejamos generosos repetindo-as dia-a-dia, porque pesam certos silêncios, às vezes mesmo em família, entre marido e mulher, entre pais e filhos, entre irmãos. Pelo contrário, as palavras adequadas, ditas no momento certo, protegem e alimentam o amor dia após dia” (AL, n.133).

Que com a intercessão de São José, nosso pai na fé, possamos crescer no diálogo conjugal e familiar.

Maria porta do Céu, ajude para que vivamos a alegria de ser família todos os dias!

Um abraço, fiquem com Deus!

Márcia e Ronaldo – Comunidade Sara e Tobias

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