Queridos casais, é com grande alegria que mais uma vez estamos aqui para refletir o Evangelho para o casal.
Qual é a reação das pessoas frente ao seu casamento? São indiferentes, críticos ou apoiadores?
No Evangelho deste domingo, vemos diferentes reações frente ao ministério público de Jesus:
– A multidão tão grande que se reunia ao Seu redor que Ele e os discípulos nem sequer conseguiam se alimentar (v.20).
– Os parentes de Jesus que queriam prendê-Lo porque acreditavam que Ele havia ficado louco (v.21).
– Os mestres da Lei que diziam que Ele estava possuído pelo diabo (v.22).
– Os familiares de Jesus que ficaram do lado de fora da casa e que queriam vê-Lo (v.31-32).
Diante do nosso casamento também existem diferentes reações, algumas favoráveis e outras não. Infelizmente, nem todas as pessoas querem nosso bem.
O Evangelho começa dizendo que Jesus voltou para casa (v.20), provavelmente a casa de São Pedro e Santo André em Cafarnaum. É na casa que Ele encontra a multidão que deseja ouvir Seus ensinamentos (v.20) e onde fala abertamente aos Seus discípulos. A Igreja primitiva adotou a casa como lugar das reuniões em comum, da oração, da partilha do pão e da formação na doutrina dos apóstolos.
Nossa casa é o lugar onde nos sentimos seguros, onde podemos ser nós mesmos, onde nos encontramos com a nossa família e isso incomoda muita gente. Aqueles que trabalham pela santidade do casamento e da família serão sempre combatidos e odiados.
A primeira leitura mostra a queda dos nossos pais, Adão e Eva (Gn 3,9-15). A primeira família, criada por amor e para o amor, foi seduzida pelo diabo. Marido e mulher, ao invés de assumirem o próprio pecado e aceitar o perdão e a misericórdia de Deus, ficaram num jogo de acusações.
Infelizmente, o diabo continua agindo. Ao longo das últimas décadas, principalmente nos nossos dias, a família sofre os ataques provocados pelos seus inimigos. Para isso, usam de meios e recursos de grande alcance – redes sociais, grupos ideológicos e ONGs, partidos políticos, fundações internacionais financiadas por mega capitalistas – tudo com o objetivo de desqualificar a família, desacreditá-la e depois destruí-la.
Como membros da Igreja e da família de Jesus, também sofremos as mesmas incompreensões que Ele sofreu.
Ter um casamento indissolúvel, baseado na fidelidade e no respeito às custas de qualquer sacrifício, é uma loucura para o mundo moderno e, às vezes, aos olhos dos nossos próprios familiares.
Precisamos ficar atentos e convictos de que a nossa família é obra de Deus. Não podemos deixar que as influências externas abalem o nosso relacionamento. É fundamental que não estejamos somente juntos, mas com nossos corações unidos em nome de Jesus. É Ele que, com o Seu sangue, selou a nossa união pelo Sacramento do Matrimônio.
Para vivermos unidos em nome de Jesus precisamos de passos concretos. O mesmo argumento de Jesus feito para contestar os mestres da Lei a respeito do reino dividido pode servir para a nossa casa: “Se uma família se divide contra si mesma, ela não poderá manter-se” (v.25). As divisões entre o casal provocam ruína e destruição. Nos momentos de discussão, quem deve vencer não é o marido e nem a esposa, mas o mais forte (v.27) deve ser o próprio Jesus.
Maria, Porta do Céu, que sigamos seu exemplo de fazer em tudo a vontade do Pai.
Um abraço, fiquem com Deus
Márcia e Ronaldo
Comunidade Sara e Tobias
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