Queridos casais, a paz de Jesus!
O Evangelho deste domingo, narrado por São João, relata que estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém (v. 13)
No tempo de Jesus, todos os anos, muitas pessoas viajavam com suas famílias para Jerusalém a fim de celebrar a festa da Páscoa na qual se comemorava a saída dos judeus do Egito. Durante essa festa, os arredores do templo de Jerusalém ficavam sempre cheio de visitantes vindos de todos os lugares.
O povo vinha ao Templo para pagar a contribuição devida ao Senhor, que tinha que ser na moeda própria do templo, e também para oferecer animais para sacrifício. Como havia grande procura pelo câmbio de moedas e por animais para as oferendas, era permitido o comércio ali dentro.
Quando Jesus chegou ao Templo e encontrou ‘vendedores de bois, ovelhas e pombas e os cambistas que ficavam ali sentados’ (v. 14), fez um chicote de cordas e expulsou todos dali: ‘Tirai isto daqui! Não façais da casa do meu Pai uma casa de comércio!’ (v.16).
O templo é o lugar onde habita Deus e é sagrado. É um lugar de oração.
Cada um de nós, casais, unidos pelo sacramento do Matrimônio, também é templo de Deus. Temos que zelar pelo lugar sagrado que é o nosso lar.
Muitos casais têm tornado sua casa num lugar de comércio. Ao invés de uma relação baseada em atitudes gratuitas, seus casamentos estão virando uma relação de interesses, onde os cônjuges fazem uma forma de troca: “Somente farei isto se você fizer aquilo”. Ou pior, existe uma relação de exploração, onde um cônjuge oprime o outro com sua vontade.
Temos que zelar pelo nosso casamento, pegar um chicote para eliminar todos os vícios que possam estar nos destruindo. Para isso, devemos cultivar a cada dia as virtudes que nos ajudarão a purificar nosso lar.
Ao invés da preguiça espiritual, cresçamos na vida de oração, tanto pessoal como conjugal. No lugar da gula, sejamos sóbrios com a alimentação e com a bebida, principalmente neste tempo de penitência. Coloquemos nossa segurança no Senhor: não deixemos que os bens materiais e o nosso trabalho nos escravizem. Que a simplicidade que Deus nos pede seja mais forte do que a vaidade e a ostentação. Tenhamos mansidão no trato um com o outro e que o perdão aconteça se houver algum momento de ira. Que sejamos castos nos olhos, nos gestos e nos relacionamentos com outras pessoas. Olhemos com gratidão as bençãos que Deus derrama no nosso lar e não invejemos os outros.
Jesus conhece o nosso interior (v. 25) e o nosso casamento e quer entrar em nossa casa para expulsar tudo o que profana o nosso lar.
Maria, Porta do Céu, interceda para que o nosso lar seja casa de Deus.
Um abraço, fiquem com Deus
Márcia e Ronaldo
Comunidade Sara e Tobias