Queridos casais, a paz de Jesus!
O que vocês fariam se ganhassem uma grande fortuna?
Na conhecida parábola dos talentos, narrada por São Mateus no Evangelho deste domingo, Jesus fala sobre a atitude de três empregados que receberam talentos de seu patrão que iria viajar para o exterior. Dois deles fizeram com que os talentos recebidos rendessem o dobro e o outro enterrou num buraco o talento que recebeu. Quando o patrão retornou e foi prestar contas com os empregados, se alegrou com os dois primeiros que tinham multiplicado os seus dons e repreendeu o terceiro por não ter nem ao menos guardado o dinheiro num banco para que rendesse juros.
Nesta parábola, o patrão representa o próprio Cristo, enquanto os empregados somos todos nós, seus discípulos. Os talentos são os dons que Jesus nos confia e o que fazemos com estes dons é o nosso comportamento prático.
Podemos citar alguns dons que recebemos de Jesus: nossa história de vida, as virtudes que temos, nossas capacidades e a fé que nos foi transmitida. Para nós, casais, um dos principais talentos que recebemos é o Sacramento do Matrimônio. Com ele formamos uma nova família e recebemos uma grande missão neste mundo: ser família para o céu. Isso vale muito mais do que cinco talentos, que correspondem hoje a uma fortuna aproximada de 50 milhões de reais!
Multiplicar o talento do Matrimônio é fazer com que o nosso cônjuge cresça em santidade por meio do nosso relacionamento afetivo, pela prática do diálogo e do perdão, pela vivência plena e casta da nossa sexualidade conjugal, pela nossa paternidade e maternidade. De forma alguma podemos enterrar este dom por meio de uma vida fútil, centrada em nós mesmos e na conquista dos bens materiais.
Não podemos correr o risco de nos comportar como o terceiro empregado, que, aliás, não estragou e nem danificou o único talento que tinha recebido: ele simplesmente guardou este talento na terra. Porém, não fazer nada de mal não é suficiente, é preciso ir além. Não é suficiente dizermos que amamos nosso marido, nossa esposa, nossos filhos, mas não fazermos nada de concreto para que esse amor se multiplique e ajude a levar a nossa família para o céu. Não basta não fazermos o mal: precisamos ter iniciativas de fazer o bem.
Nosso Deus que é, ao mesmo tempo, justiça e misericórdia, espera não ter que dizer a nós que fomos servos maus e preguiçosos. Deus quer nos dar a recompensa dos servos bons e fiéis que multiplicaram seus talentos: a alegria da vida eterna! (vv.21-23). Que possamos dizer a Deus ao final da nossa vida: ‘Recebe de volta, Senhor, a minha esposa, o meu esposo, os meus filhos. Nós multiplicamos esses dons que Tu nos destes!
Maria, Porta do Céu, ajuda-nos a sermos “servos bons e fiéis”, para que possamos um dia participar da alegria do nosso Senhor.
Um abraço, fiquem com Deus.
Márcia e Ronaldo
Comunidade Sara e Tobias