Queridos casais: a paz de Jesus!
Quando foi que Deus chamou você? Foi na infância, na adolescência, na juventude ou agora?
Independente da época, há uma certeza: Deus nos chama com frequência! É o que São Mateus nos relata no Evangelho deste domingo com a parábola dos trabalhadores da vinha. Nela, Jesus compara o Reino dos Céus a um patrão que convida vários operários para trabalhar na sua vinha no decorrer do dia e, quando vai fazer o acerto, paga a mesma quantia a todos os trabalhadores, independente de quando começaram.
Esse patrão é o próprio Deus que nos chama ao longo de toda a nossa vida. Para alguns, Ele escolheu dando a graça de nascer no seio de uma família com uma fé autêntica, outros Deus atraiu na adolescência ou juventude por meio de um grupo de oração, e outros ainda Ele chamou quando começaram a ter uma participação em um movimento ou comunidade de casais.
Uma forma privilegiada que Deus entra na nossa vida é por meio dos Sacramentos da Igreja, principalmente o Batismo pelo qual nos tornamos filhos de Deus. Para nós, casais, Ele faz um convite especial quando recebemos o Sacramento do Matrimônio.
Esse chamado é muito sério. Por meio do Matrimônio, nós assumimos com Deus o compromisso de sermos um dom para o nosso cônjuge, para nossos filhos e para todo o mundo. Não podemos desprezar o Senhor que passa na nossa vida conjugal. É o que vai falar a primeira leitura: “Buscai o Senhor, enquanto pode ser achado; invocai-o, enquanto ele está perto” (Is 55,6). Corremos o risco de perder a graça que Deus nos oferece. Disse Santo Agostinho: “Tenho medo do Deus que passa e não volta jamais”.
Mas a conclusão da parábola é estranha aos olhos humanos: os que trabalharam pouco vão receber a mesma coisa que os que trabalharam muito e ainda em primeiro lugar (vv.8-10)? Parece uma contradição na forma de Deus agir, mas não é. De certa forma, este Evangelho também aborda os temas da misericórdia e da justiça divinas que vimos no domingo passado. Na parábola de hoje vemos que a misericórdia divina é desproporcional à Sua justiça. Nós somos devedores do Senhor a quem Ele quer pagar mesmo que não mereçamos. Nós, que merecemos o inferno por causa dos nossos pecados, recebemos, por meio da fé em Jesus, a Salvação e a Vida Eterna.
Há também um dado que chama a atenção na parábola: as pessoas que estavam desocupados nas praças por causa da falta de quem as chamassem. Estas pessoas são aquelas que nós precisamos evangelizar. Precisamos falar que há um patrão bondoso que está contratando casais para sua vinha para ali beberem da sua misericórdia. Quem é o casal para quem você precisa dar esse recado?
Maria, porta do céu, interceda para que sejamos bons operários do teu Filho!
Um abraço, fiquem com Deus!
Márcia e Ronaldo
Comunidade Sara e Tobias