Queridos casais, a paz do Senhor Jesus!
Celebramos hoje a Festa do Batismo de Jesus. Vemos no Evangelho de hoje que o Filho, segunda pessoa da Santíssima Trindade, mesmo sendo Deus se fez homem e quis ser batizado por João Batista. Seu batismo é um gesto de profunda humildade, onde Jesus escolhe livremente se identificar conosco.
Jesus, sabendo do amor do Pai por todos os seus filhos, torna-se irmão de todos. Não somente às margens do rio Jordão Jesus se mistura aos pecadores. Ao longo de toda a Sua vida ele mergulha na nossa realidade, faz-se solidário conosco até à morte, crucificado entre dois malfeitores. Ele, que não tinha pecado, se fez pecado para nossa salvação (2Cor 5, 21).
A palavra grega Batismo quer dizer imergir, mergulhar. Dessa forma, no momento do seu batismo, ao mergulhar no rio Jordão e sair da água, Jesus não estava mais sozinho, porque, quando desceu, carregava toda a humanidade em si. Vemos aqui uma antecipação do Seu sacrifício no Calvário.
O ritual de João Batista era um batismo de purificação. Jesus não precisava se purificar, mas quis se batizar para preparar o futuro Sacramento do Batismo dos cristãos. Nós, quando somos imergidos na água do nosso Batismo, morre o homem velho e renasce o homem novo.
Todos os sacramentos são sinais da ação salvadora de Jesus pela ação do Espírito Santo por vontade do Pai. Tanto no Batismo como no Sacramento do Matrimônio, também recebemos a unção do Espírito Santo e o Pai nos diz: “Estes são meus filhos em quem me alegro!”. Isso se confirma no parágrafo 1638 do Catecismo da Igreja Católica, que nos diz que ‘…, no matrimônio cristão, os cônjuges são rebustecidos e como que consagrados por um sacramento especial aos deveres e dignidade de seu estado’.
Jesus diz a João Batista que é preciso cumprir a justiça, isto é, fazer a vontade de Deus e corresponder fielmente à missão recebida. Nós, casais, somos chamados a fazer a vontade de Deus nos nossos casamentos. Ainda que existam problemas e dificuldades nas nossas famílias, Jesus nos dá o antídoto: a fidelidade a Deus. É dessa forma que a Sua Graça acontece em nossas vidas. Daí, mesmo situações não desejadas ou que implicam em contradizer a própria vontade, podem se tornar oportunidades especiais de santificação por meio da nossa fidelidade a Deus.
É interessante ver que o Matrimônio, assim como a Ordem, são sacramentos de serviço, ou seja, foram instituídos por Jesus para salvação dos outros. Promovem a salvação pessoal por meio do serviço aos outros. Logo, por meio do Sacramento do Matrimônio somos chamados à santidade ao ajudarmos nosso cônjuge, nossos filhos, nossos familiares, nossos amigos e demais pessoas. De modo particular, somos chamados a ajudar na santificação dos casais dos nossos Grupos de Partilha de Casais (GPC).
Casal, se você não tem o Sacramento do Matrimônio, professa a fé católica e não possui qualquer impedimento, por que não o receber? Deus quer dar a força do Espírito Santo ao seu relacionamento, quer torna-los sagrados por meio da Sua Graça! Não se preocupem com coisas secundárias como roupas, festas e demais situações. O mais importante é a presença real de Jesus que o Sacramento do Matrimônio proporciona, que faz com que o casal possa se amar de maneira sobrenatural e ser sinal divina neste mundo.
A Festa do Batismo do Senhor encerra o tempo litúrgico do Natal. A partir de amanhã, começa o tempo comum, que ocupa a maior parte do ano litúrgico. Portanto, assim como a maior parte da nossa vida é composta de situações ordinárias, o início do tempo comum nos indica a santificação cotidiana que Deus deseja para nós.
Que Maria, Nossa Senhora da Esperança, nos ajude na nossa caminhada rumo ao Céu!
Um abraço, fiquem com Deus!
Ronaldo e Márcia
Comunidade Sara e Tobias