Estamos no quarto domingo da Páscoa e a liturgia de hoje nos propõe o Evangelho do Pastor que conhece Suas ovelhas.
Jesus é o Bom Pastor que nos diz: “As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão (v. 28)”.
Como casais, não podemos ser como ovelhas sem pastor e nos acostumar às mesquinharias que nos dividem. Num casamento em que Jesus é o Bom Pastor, os cônjuges não podem se habituar com brigas diárias, com murmurações constantes e nem com preocupações excessivas com o futuro dos filhos. A verdadeira felicidade consiste em fazer a vontade de Deus na nossa vida e cumprir a missão de ajudar a levar nossa família para o Céu. Precisamos acreditar que o sacramento do Matrimônio é uma força de Deus que deve ser valorizada e que nos protege das investidas do mal.
Quando Jesus nos chama ao matrimônio, nos concede a graça de permanecer sempre conosco. O Catecismo da Igreja Católica afirma que “Esta graça própria do sacramento do Matrimônio se destina a aperfeiçoar o amor dos cônjuges, a fortificar sua unidade indissolúvel. Por esta graça ‘eles se ajudam mutuamente a santificar-se na vida conjugal, como também na aceitação e educação dos filhos’”. (CIC 1641)
E depois continua: “Cristo é a fonte desta graça. Permanece com eles, concede-lhes a força de segui-lo levando sua cruz e de levantar-se depois da queda, perdoar-se mutuamente, carregar o fardo uns dos outros, submeter-se uns aos outros no temor de Cristo e amar-se com um amor sobrenatural, delicado e fecundo. Nas alegrias do seu amor e de sua vida familiar, Ele lhes dá, aqui na terra, um antegozo do festim das núpcias do Cordeiro”. (CIC 1642)
Porém, precisamos abrir o nosso coração para que a graça possa agir e transformar o nosso casamento. Como as ovelhas dependem do pastor para não serem atacadas pelos lobos, nós, casais, também dependemos da graça para não cairmos nas diversas tentações que o mundo moderno nos oferece. Temos que escutar a voz de Jesus em todos os momentos, pois, se não a escutarmos, corremos o risco de andar por caminhos errados e muitas vezes, levar nosso relacionamento ao fracasso. Mas, se escutarmos a voz do Senhor e O seguirmos, Ele nos dará a vida eterna e ninguém vai arrancar-nos de Suas mãos (v. 28).
Assim como o pastor conhece suas ovelhas, Jesus conhece cada um de nós pelo nome. Da mesma forma, nós conhecemos nosso cônjuge pelo nome. Diante do altar do Senhor, durante a celebração do Matrimônio, quando dizemos ‘Eu te recebo,…’, estamos selando um compromisso diante de Deus de trilharmos juntos um caminho de santidade. Ali, somos chamados a sermos pastores um do outro, estando atentos às suas necessidades, cuidando das suas feridas, ouvindo suas dores, partilhando das suas alegrias e também nos colocando à disposição para dar a vida para a salvação desta família que se inicia.
Também recebemos de Jesus sua Mãe Santíssima. A devoção à Nossa Senhora é o meio mais eficiente para que nossas famílias sejam santas. Por isso, se quisermos seguir a voz do Pastor, devemos sempre recorrer à Mãe. Maria é um caminho seguro para chegar a Jesus.
Neste domingo em que celebramos o dia das mães, entreguemos nossas famílias e todas as nossas necessidades à Mãe de Deus.
Maria, Porta do Céu, ensina-nos a escutar a voz do Bom Pastor.
Um abraço, fiquem com Deus.
Márcia e Ronaldo
Comunidade Sara e Tobias
Ano 3 – nº 121 – 08/05/2022