Um feliz Natal a todos!
É tão importante a celebração do Natal, que ela não cabe somente num dia. Por isso, a Igreja estende a solenidade do nascimento de Jesus por 8 dias. Daí provém o nome oitava de Natal.
Neste domingo da Oitava de natal, celebramos a festa da Sagrada Família e a liturgia nos apresenta o Evangelho da perda e do reencontro do menino Jesus no Templo.
São Lucas relata que os pais de Jesus, cumprindo os preceitos da lei judaica, “iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa” (v. 41). Quando Jesus tinha doze anos, foi com Maria e José para a festa, como de costume e, quando estes retornaram não perceberam que Ele ficou no templo, “no meio dos mestres, escutando e fazendo perguntas” (v. 46), e todos “os que ouviam o menino estavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas”.
Hoje, a Palavra de Deus vem nos apresentar a Sagrada Família de Nazaré: Jesus, Maria e José. Que belo exemplo de santidade temos aqui! Que modelo de obediência e fidelidade a Deus podemos ver nesta família!
Deus quis se fazer um de nós, e para isso escolheu nascer e crescer no seio de uma família. Assim, santificou as relações familiares e nos mostrou a sacralidade da família e do próprio casamento.
A família é uma realidade biológica e espiritual. Prover as necessidades materiais da casa também é missão dos cônjuges, mas a sua principal missão é buscar juntos o Céu. A família é uma escola de santidade, um lugar que o Senhor escolheu para a pessoa se desenvolver, crescer nas virtudes, alcançar a maturidade humana e descobrir a vontade de Deus.
Foi numa família que Jesus foi educado e, ainda que sendo Deus, aprendeu a andar, a falar e foi educado na fé e nas virtudes por Maria Santíssima e São José. Assim também nós, que somos pais biológicos e espirituais, somos chamados a educar nossos filhos na fé e nas virtudes, levando-os a descobrir e encontrar Jesus.
Um detalhe do Evangelho pode passar despercebido: era costume da Família de Nazaré ir até Jerusalém para celebrar a Páscoa. E o costume vai além do cumprimento do preceito. Era uma prática que era frequente nessa santa família que amava a Deus.
Assim como os pais de Jesus iam ao Templo, somos convidados, como casal e como família, a ir também ao templo, não só para a grande festa da Páscoa do Senhor, mas para celebrar o Santo Sacrifício da Missa todos os domingos e dias santos.
O desejo de estar com o Senhor deve estar impregnado nas nossas vidas e na nossa família não só para cumprir preceitos, mas por amor a Deus. Pelo nosso modo de buscar a santidade, ensinaremos nossos filhos a buscar as coisas do Alto e seremos testemunhas de Jesus para o mundo.
É na realidade da família que a caridade, vínculo da perfeição, deixa de ser um ideal e se concretiza. Na família temos constantes oportunidades para amar. Um amor muitas vezes escondido, sem reconhecimento, que se dá naquilo que é mais simples e mais banal.
Foi esse amor escondido e sem grandes cerimônias o segredo da santidade da Sagrada Família. É esse amor que somos concretamente convidados a viver. Um amor que mora na simplicidade: na solicitude amorosa das mulheres para com seus maridos, na doação generosa e gentil dos homens para com suas esposas, no respeito e na obediência dos filhos para com seus pais e no carinho dos pais para com os filhos (Cl 3,18-21).
Maria, Porta do Céu, interceda pela santificação das nossas famílias!
Um abraço, fiquem com Deus.
Ronaldo e Márcia
Comunidade Sara e Tobias
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