Tabor – Mateus 17, 1-9

Queridos casais, a paz do Senhor Jesus!

Neste segundo domingo da Quaresma, a liturgia nos apresenta o Evangelho da Transfiguração. Nesta passagem, Jesus leva Pedro, Tiago e João, a uma alta montanha e se transfigura diante deles.

Que bela cena: Jesus, entre os seus discípulos mais próximos, mostra toda a sua glória! Deus Pai quis tirar, por um momento, o véu por trás do qual se esconde o mistério de Jesus, Seu próprio Filho.

É interessante observar que Jesus caminhava para Jerusalém, onde iria viver a sua Paixão e Morte. A tradição da Igreja identifica esta montanha da Transfiguração com o monte Tabor, palavra de origem hebraica que quer dizer altura.

Israel é um país com relevo irregular, com áreas de planície, mas também cheio de montanhas, montes, colinas. Dessa forma, o povo de Israel utilizou o simbolismo da montanha como lugar especial de encontro com Deus. Tanto no Antigo como no Novo Testamento, as montanhas são lugares especiais onde Deus manifestou a sua glória. Várias passagens nos mostram isso: foi no monte Sinai que Moisés recebeu as tábuas da Lei, foi no monte Carmelo que Elias desafiou e venceu os profetas de Baal, e foi no monte Calvário onde Jesus foi crucificado e redimiu nossos pecados.

Nossa vida pode ser comparada a Israel. Embora a maior parte dela ocorra no dia-a-dia das planícies, temos momentos de Tabor, onde o Senhor nos fala e nos consola, e temos momentos de Calvário, onde a cruz se apresenta pesada demais e parece que não vamos suportá-la.

Por isso, é fundamental o casal subir constantemente ao Tabor para se fortalecer em Deus para depois descer e enfrentar os desafios da vida. A oração pessoal, a oração conjugal, rezar o terço em família, receber a Eucaristia, participar de um retiro espiritual, participar das atividades da Comunidade, todas essas são ocasiões privilegiadas de Transfiguração para o casal.

No versículo 7, vemos que Jesus se aproximou, tocou neles e disse: “Levantai-vos e não tenhais medo”. É isso o que acontece após estes momentos: Jesus se aproxima, toca a nossa alma, ergue-nos do pecado e retira o nosso medo.

A vida espiritual não é uma simples opção, mas necessária para viver em plenitude o chamado que nós temos. Na segunda leitura, São Paulo nos fala que Deus nos salvou e nos chamou com uma vocação santa, não devido às nossas obras, mas em virtude do seu desígnio e da sua graça, que nos foi dada em Cristo Jesus, desde toda a eternidade” (v.9).

Ora, essa vocação santa é o próprio Sacramento do Matrimônio que recebemos por pura misericórdia do Senhor!

Que Maria, Porta do Céu, nos ajude a bem viver esta vocação!

Um abraço, fiquem com Deus!

Márcia e Ronaldo

Comunidade Sara e Tobias

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