Amar o inimigo – Mateus 5, 38-48

Queridos casais, a paz do Senhor Jesus!

No Evangelho deste domingo, Jesus começa referindo-se à chamada “lei do talião”. Sua melhor tradução quer dizer lei da retaliação. Esta lei, que era seguida por outras culturas da antiguidade mesmo antes do povo judeu ser constituído, pode parecer hoje muito rigorosa, mas servia para evitar a vingança sem limites e conter a violência desproporcional entre as pessoas. Ou seja, deveria haver uma pena proporcional ao delito.

Jesus, porém, vai além e nos diz que esta lei precisa avançar, pois devolver a agressão na mesma medida em que ela foi cometida continua a alimentar a violência. Perdoar e ser misericordioso vão muito além disso e produzem resultados melhores.

De forma alguma devemos usar a lei do talião no nosso casamento. Ela não pode ser o que fundamenta nosso relacionamento conjugal. São os ensinamentos de Jesus que precisam nos direcionar.

Quando Jesus diz para oferecer a outra face, não é para sermos passivos, mas para não combatermos o mal cometendo um outro mal. Se o seu marido ou sua esposa tem atitudes de egoísmo, não combata isso com as mesmas atitudes. Isso leva à competitividade. A resposta cristã deve ser o perdão, por mais difícil que isso seja.

Entregar o manto e a túnica é abrir mão da própria opinião numa discussão para o bem do casamento. Quando a conjugalidade perde, todos perdem: não há vencedores num embate entre marido e mulher.

Caminhar um quilometro a mais é doar nossa vida em favor do cônjuge. Como é belo ver quando um cônjuge doa sua vida, doa suas vontades, abre mão de coisas que lhes são agradáveis pelo bem do outro! Este é o espírito deste Evangelho.

Jesus pede que amemos nossos inimigos. Pensemos no nosso casamento quando estamos em momentos de crise. É fácil dizer que amamos nosso esposo ou esposa quando tudo vai bem, quando não há problemas de relacionamento, quando as finanças estão em dia e quando não há diferenças de opinião a respeito da educação dos filhos. Mas o Senhor nos pede que amemos justamente nestes momentos, quando nosso cônjuge parece mesmo um inimigo e a principal razão dos nossos problemas. A vontade de Deus é justamente esta, eliminar do nosso casamento todo ódio, rancor e vingança.

Isso é fácil? De forma alguma. Mas se quisermos ser verdadeiros cristãos, devemos nos comportar de forma diferente dos pagãos, que ao sinal de qualquer dificuldade, têm com primeiro pensamento a separação do casal, alegando incompatibilidade de gênios.

Por isso, Jesus conclui este Evangelho com esta ordem: ”Sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito.” A santidade de Deus é o nosso modelo, uma fonte da qual precisamos beber todos os dias. Deus nos concede essa graça por meio da oração pessoal e conjugal, dos sacramentos, da vivência comunitária. Seja como for, busquemos nos configurar cada dia mais a Cristo.

Que Maria, Mãe de Misericórdia, nos ajude na caminhada rumo ao Céu!

Um abraço, fiquem com Deus!

Ronaldo e Márcia

Comunidade Sara e Tobias

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