Celebração da fé, esperança e caridade: confira roteiro e reze em família

Que tal pararmos um pouco para rezar em família? Estes, mais do que nunca, são dias propícios para nós, como cristãos, exercitarmo-nos na vivência das virtudes, sobretudo, no que diz respeito às virtudes teologais. Portanto, este momento é um convite para vivermos a caridade, celebrarmos a esperança e renovarmos a fé em Deus, que tudo realiza para a nossa santificação.

As virtudes teologais (fé, esperança e caridade), são aquelas que nos unem a Deus, possibilitando que nos relacionemos diretamente com Ele. Somente a partir desta vivência somos capazes de nos relacionar conosco mesmos, com os outros e com a criação, segundo os ensinamentos de Jesus. Das virtudes teologais, brotam todas as outras virtudes cristãs.

Pela fé, cremos em Deus e em tudo o que nos revelou, compreendendo que Ele é a própria verdade.

A esperança volta o nosso olhar para o céu, nos fazendo deseja-lo como a feliz meta da nossa vida, nos apoiando, para tanto, nas promessas de Jesus Cristo e na força do Seu Espírito Santo. A virtude da esperança corresponde ao desejo de felicidade que Deus imprimiu no coração de cada ser humano, protegendo contra possíveis desânimos durante a nossa caminhada cristã.

Já a caridade, aquela que jamais passará, é a virtude pela qual nos tornamos capazes de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, sempre por amor ao Senhor.

Iniciemos, assim, a nossa celebração em família, permitindo que o próprio Deus nos renove em Seu Amor.

Celebração da fé, da esperança e da caridade

Material necessário

1 – Pequeno altar com um crucifixo, bem como, uma imagem ou ícone à escolha da família;
2 – 3 velas adequadas para momentos litúrgicos (inicialmente apagadas, que ficarão sobre o altar);
3 – Manual da celebração, impresso ou digital;
4 – Bíblia para o leitor (as páginas das leituras devem ser marcadas previamente);
5 – Violão (caso haja um participante que saiba tocar).

ACOLHIDA                     

Dirigente: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Dirigente: Estamos reunidos com grande alegria, para celebrar a fé, a esperança e a caridade, unidos a Jesus Cristo, o nosso Salvador e Redentor. Para isto, clamemos a ação do Espírito Santo sobre nós:

O dirigente deve clamar a ação do Espírito Santo de forma espontânea, com uma música ao Espírito ou através da oração:

“Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso Amor. Enviai, Senhor, o Vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra. Oremos: Ó Deus, que instruíste os corações dos vossos fiéis, com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito, e gozemos da sua consolação. Por Cristo Senhor nosso. Amém”.

REFLEXÃO SOBRE A FÉ

Dirigente: Estas velas apagadas representam a necessidade de ter a nossa vida constantemente iluminada pelas virtudes teologais, que são a fé, a esperança e a caridade. Estas virtudes nos unem firmemente a Deus. Pela fé, cremos em Deus e em tudo o que nos revelou, compreendendo que Ele é a própria verdade. Assim nos diz a Sua Palavra:

Leitor: Leitura do Evangelho segundo São Marcos (Mc 5, 21-34): “Tendo Jesus navegado outra vez para a margem oposta, de novo afluiu a ele uma grande multidão. Ele se achava à beira do mar, quando um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo, se apresentou e, à sua vista, lançou-se a seus pés, rogando-lhe com insistência: ‘Minha filhinha está nas últimas. Vem, impõe-lhe as mãos para que se salve e viva’. Jesus foi com ele e grande multidão o seguia, comprimindo-o. Ora, havia ali uma mulher que já por doze anos padecia de um fluxo de sangue. Sofrera muito nas mãos de vários médicos, gastando tudo o que possuía, sem achar nenhum alívio; pelo contrário, piorava cada vez mais. Tendo ela ouvido falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou-lhe no manto. Dizia ela, consigo: ‘Se tocar, ainda que seja na orla do seu manto, estarei curada’. Ora, no mesmo instante se lhe estancou a fonte de sangue, e ela teve a sensação de estar curada. Jesus percebeu imediatamente que saíra dele uma força e, voltando-se para o povo, perguntou: ‘Quem tocou minhas vestes?’ Responderam-lhe os seus discípulos: ‘Vês que a multidão te comprime e perguntas: Quem me tocou?’ E ele olhava em derredor para ver quem o fizera. Ora, a mulher, atemorizada e trêmula, sabendo o que nela se tinha passado, veio lançar-se a seus pés e contou-lhe toda a verdade. Mas ele lhe disse: ‘Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz e sê curada do teu mal’”. Palavra da Salvação.

Todos: Glória a Vós, Senhor.

O dirigente deve convidar os participantes a refletirem por um instante sobre o exemplo daquela mulher que, segundo a Palavra, por estar sofrendo de um fluxo de sangue, pela Lei de Moisés, não poderia tocar em outras pessoas. Porém, ela superou suas dificuldades e seus medos, atravessando a multidão que comprimia Jesus, a fim de tocar em Suas vestes. Jesus ia ao encontro da filha de Jairo, todavia, a fé daquela mulher O surpreendeu em Seu caminho. Temos “surpreendido” Jesus através dos nossos atos concretos de fé, ou permanecemos paralisados em nossas dificuldades, sem coragem de nos aproximar do Senhor? Pela fé, nos permitamos hoje tocar em Jesus, através desta celebração, suplicando-lhe a cura de nossas enfermidades físicas, psíquicas e, sobretudo, espirituais. Oremos juntos por um breve instante, através de preces espontâneas ou pela oração em línguas.

(Havendo violão ou cantor, sugerimos a música “Vou viver pela fé”, de Suely Façanha, para ser cantada no momento da oração).

Em seguida, o dirigente deve convidar os participantes a rezarem a oração do Credo, enquanto a primeira vela é acesa, representando a luz da fé que se acende em nossos corações:

Todos: Creio em Deus pai todo poderoso, criador do céu e da terra, e em Jesus cristo seu único filho, nosso Senhorque foi concebido, pelo poder do Espírito Santo, nasceu da virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus e está sentado à direita de Deus Pai todo poderoso, donde há de vir e julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito santo, na Santa igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecadosna ressurreição da carne e na vida eterna. Amém.

REFLEXÃO SOBRE A ESPERANÇA

Dirigente: Renovados na fé, passemos para a reflexão sobre a esperança. Esta é a virtude que volta o nosso olhar para o céu, nos fazendo deseja-lo como a feliz meta da nossa vida, nos apoiando, para tanto, nas promessas de Jesus Cristo e na força do Seu Espírito Santo. A virtude da esperança corresponde ao desejo de felicidade que Deus imprimiu no coração de cada um de nós, e que nos protege contra possíveis desânimos durante a nossa caminhada. Direcionemos, assim, o nosso olhar para o céu. Como cristãos, ainda falamos muito pouco a respeito das belezas do Reino dos Céus. Este céu é nosso fim e a realização das aspirações mais profundas que trazemos em nossos corações; é o estado supremo e definitivo de felicidade, no qual, junto com a Virgem Maria e todos os anjos e santos, louvaremos e cantaremos eternamente as bondades do nosso Deus. A esperança no céu está no centro do discurso de Jesus:

Leitor: Leitura do Evangelho de São Mateus (Mt 5, 1-12): “Vendo aquelas multidões, Jesus subiu à montanha. Sentou-se e seus discípulos aproximaram-se dele. Então, abriu a boca e lhes ensinava, dizendo: ‘Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados os que cho­ram, porque serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão miseri­córdia. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus. Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”.

Dirigente: Façamos os nossos pedidos a Deus. Peçamos que Ele mesmo venha renovar a esperança e a alegria em nossos corações.

Preces:

Leitor: Senhor Jesus, Te pedimos que geres hoje em nosso coração uma nova esperança. Enche nossas vidas com a alegria do céu. Retira nossos olhos das dificuldades, dos medos e das angústias que nos separam de Ti, fazendo-nos caminhar firmemente, mesmo em meios aos sofrimentos, a fim de encontrarmos o consolo somente em Ti.

Todos: Renova-nos, Senhor, na esperança do céu.

Leitor: Senhor Jesus, Te pedimos neste momento por nossas famílias. Que as bem-aventuranças celestes sejam o guia para a vivência da misericórdia, da mansidão e do perdão em nosso meio familiar. Que sejamos, uns para os outros, degraus para alcançarmos juntos o céu.

Todos: Renova-nos, Senhor, na esperança do céu.

Leitor: Senhor Jesus, te pedimos por todos os homens que vivem na desesperança, por não Te conhecerem. Socorre cada um destes que estão perdidos nas drogas, na violência, no egoísmo e nas falsas mentalidades, redirecionando os meios e o fim de suas vidas para o caminho do céu.

Todos: Renova-nos, Senhor, na esperança do céu.

Leitor: Senhor Jesus, te pedimos por toda a Igreja. Abençoa a vida do Papa Francisco e a todas as dioceses, comunidades e fiéis do mundo inteiro. Concede-nos a graça de, como Igreja, sermos setas que apontam para as bem-aventuranças celestes.

Todos: Renova-nos, Senhor, na esperança do céu.

Dirigente: Encerremos nossas preces com a oração do Pai Nosso, para que o Senhor, que está nos céus, digne-Se a atender nossas súplicas filiais.

(Enquanto rezam a oração do Pai Nosso, a segunda vela deve ser acesa).

Todos: Pai Nosso que estais nos Céus, santificado seja o vosso Nome, venha a nós o vosso Reino, seja feita a vossa vontade assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do Mal. Amém.

REFLEXÃO SOBRE A CARIDADE

Dirigente: Por fim, a caridade é a virtude que jamais passará. É pela caridade que nos tornamos capazes de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, sempre por amor ao Senhor. Vejamos o que o Senhor tem a nos dizer a respeito da caridade:

Leitor: Leitura da Segunda carta de são Paulo aos Coríntios (II Cor 13, 1-8): “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine. Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e co­nhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, não sou nada. Ainda que distribuís­se todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria. A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante. Nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. A caridade jamais acabará“.

Dirigente: Diante desta Palavra, o Senhor nos convida a viver, desde já, a virtude que jamais passará. No céu, não mais necessitaremos crer, pois veremos com nossos próprios olhos a Glória de Deus. Tampouco precisaremos esperar, pois teremos alcançado a meta de nossas vidas. Somente a caridade restará. No céu, não há vias que nos levam para nós mesmos, mas exclusivamente para o outro. Não há como vivermos a caridade sozinhos, necessitamos do outro para concretizá-la: necessitados do grande Outro, que é Deus, e, a partir Dele, do outro que é o nosso próximo.

Para vivermos o amor a Deus e ao outro de forma encarnada em nosso dia a dia, em silêncio, pensemos em um ato concreto (e simples) de amor a Deus, que será realizado através do nosso próximo. Seja um pedido de perdão, a oração do terço por algum enfermo, ou mesmo uma ajuda material a um necessitado.

(Pausa para a reflexão, se possível, ao som do violão)

Durante esta semana, busquemos colocar em prática aquilo que o Senhor nos inspirou, e rezemos agora, com fé, uma Ave-Maria, suplicando a intercessão de Nossa Senhora, para que ela, a Mãe do Belo Amor, nos ajude a bem vivermos a caridade:

(Enquanto rezam a Ave-Maria, a terceira vela deve ser acesa).

Todos: Ave-Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o Fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte, amém.

ORAÇÃO FINAL

Dirigente: Senhor, nosso Deus, iluminados pela fé, esperança e caridade que brotam do vosso Filho, e guiados pelo vosso Espírito Santo, pedimos-vos que nos concedas a graça de sempre progredir na união Convosco, através da vivência das virtudes que infundistes em nós, por Jesus Cristo, vosso Filho, que vive e reina para sempre.

Todos: Amém.

Dirigente: O Senhor nos abençoe, nos guarde e nos livre de todo mal, amém! (Enquanto o dirigente profere estas palavras, todos fazem o sinal da cruz).

Dirigente: Cantemos o canto de encerramento da nossa celebração, honrando a Virgem Maria.

(Havendo violão ou cantor, entoa-se uma música em honra à Nossa Senhora, na falta destes, reza-se uma Salve Rainha).

Ou:

Dirigente: Rezemos, honrando a Virgem Maria.

Oração: Salve Rainha, mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, Salve. A vós bradamos, degredados filhos de Eva, a vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce e sempre virgem Maria. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo, amém.


Por Ana Paula Gomes
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